terça-feira, 8 de junho de 2010

Reflexão - criando uma mentalidade sociológica

Você é um privilegiado!

leitor:   – Como assim, privilegiado?
O livro:   –  É, privilegiado! Você  é  um deles!
Na sociedade, há pessoas privilegiadas. Uma delas, por exemplo, pode  ser  aquela  que  tem  o  poder  de
governar e de conduzir os rumos da sociedade, o que muitas vezes pode não  ser da maneira mais  justa para
todos. Outro exemplo...


Leitor:  – Um outro...?
O livro:  – Você mesmo é um, caro leitor!
Leitor:  – Mas, eu?! Como?
O livro:  – Simples! Seu privilégio está no fato do que você vai
adquirir  agora:  conhecimento! Você poderá  avançar
no entendimento de como funciona a sociedade em
que você vive, conhecer como trabalham os demais
privilegiados (a elite social) e aumentar sua autonomia
de refexão e de ação diante dos fatos que lhe cercam.
Sigamos adiante?

Mas o que é essa AUTONOMIA de que estamos falando?
Vamos lá! Vamos descobrir! Você vai entender o que estamos dizen-
do, passo a passo.
Essa autonomia é quanto à sua maneira de pensar e de agir frente a
diversas situações. Muitas pessoas não sabem (e não se preocupam em
saber) como e por que determinadas coisas mexem com suas vidas.
Vamos pensar num exemplo bem simples para você entender: vo-
cê já viu uma TV que não “pega” direito? O que pode ser feito para se
resolver o problema do sinal?
Colocar palha-de-aço na antena resolveria?
Essa atitude, de pôr a palha-de-aço na antena, falando de tempos
passados, era algo muito mais comum do que hoje com as antenas pa-
rabólicas e TVs a cabo, o que não signifca que ninguém mais o faça.
Mas  a palha-de-aço pode  até  resolver o problema,  consideravel-
mente. Outras vezes, porém, ela não será sufciente para acabar com o
defeito. Dependendo do sinal que a TV esteja recebendo.
O que seria a palha-de-aço?
Palha-de-aço = uma espécie de Senso Comum.
No caso da TV, um técnico resolveria melhor o problema do sinal
porque ele tem um conhecimento mais apurado daquilo que opera o
funcionamento da televisão. Provavelmente ele iria dar uma boa gar-
galhada ao ver a palha-de-aço na antena, pois ele sabe que aquilo po-
de se apenas um “remendo no rasgo”, ainda que em alguns casos re-
solva, entende?
Resumindo: Então, o que seria um Senso Comum?
Poderíamos dizer que é uma  resposta ou solução simples para o
cotidiano, geralmente pouco elaborada e sem um conhecimento mais
profundo.


O teólogo brasileiro e Doutor em Filosofa, Rubem Alves, em seu li-
vro Filosofa da Ciência, considera o senso comum como sendo aqui-
lo que não é ciência. De outra maneira, seria dizer que a palha-de-aço
na antena da TV não é algo científco, mas sim um “eu acho que fun-
ciona” para o dia-a-dia das pessoas.
Mas existe uma lógica em pôr a palha-de-aço na antena. As pesso-
as só não sabem qual é. E é por esse motivo, também, que Rubem Al-
ves diz que a ciência, na verdade, é um refnamento, ou melhoramen-
to, do senso comum.
O senso comum e a ciência nos dão respostas, ou inventam solu-
ções práticas para nossos problemas. A diferença é que a ciência é um
conhecimento mais elaborado.

“Eu acho que...” Fique sabendo!
Muitas  vezes  quando  alguém  começar uma  resposta com as palavras “eu  acho  que...”,  tal  resposta  pode não chegar no centro real do problema  a  ser  entendido  ou  resolvido. O que não signifca, porém, que ela deva ser rejeitada. Ela só precisa ser refinada. Por  exemplo,  se  alguém nos perguntasse o motivo que leva a economia de um país oscilar, nós poderíamos  dar  uma  resposta  certeira,  com demonstrações,  inclusive,  mas  também  poderíamos  dizer  apenas:  “eu acho que...”. A  exemplo da  economia,  existem
muitas outras coisas que acontecem na sociedade  e  que  nos  atingem  diretamente. E para todas essas coisas seria muito bom que tivéssemos curiosidade para saber se aquilo que é mostrado é realmente como é, entende? E a Sociologia? Como vai aparecer nessa conversa?


Contribuindo para que possamos entender um pouco mais o lugar onde vivemos!
Veja, como já falamos, o senso comum não deve ser rejeitado. O que estamos propondo é que você pode ir além desse conhecimento comum, neste caso, sobre a sociedade.Uma  outra  coisa  que  deve  ser  desmitifcada  é  o  termo  cientista. Confrmamos o pensamento de Rubem Alves quando diz que um cien-
tista não é uma pessoa que pensa melhor do que os outros. Rubem Alves nos fala que a tarefa de refetir e de entender os porquês das coisas cabe a todos nós, e que a idéia de que não precisamos pensar, porque
existem pessoas “melhores” para isto, é furada.Avançar um pouco mais em relação a um conhecimento elaborado e investigativo vai lhe trazer um entendimento mais claro sobre como funciona a sociedade, dentre outras coisas. Além do  fato de que você  terá maior autonomia para CONCORDAR OU DISCORDAR POR SI PRÓPRIO sobre as questões que você vive na sociedade. Essa é a independência que queremos que você tenha: A DE REFLEXÃO.


ATIVIDADE
E para começarmos a pensar: “ELITE SOCIAL”

Você já ouviu falar na existência dela na Sociedade? Pesquise e veja o que você consegue sobre
esse termo (em livros, revistas, pessoas que você conhece, etc.). Traga os seus registros para a classe. Vamos iniciar uma discussão a partir do que sabemos, hoje, sobre a chamada elite. Por que ela é considerada elite e como surgiu?